Galeria Waldemar

 

360 milhões de anos e 20 000 léguas submarinas separam a formação do Lousal dos dias de hoje. Não são necessários 2 anos de férias, nem tão pouco que dê a volta ao mundo em 80 dias para poder fazer uma viagem ao centro da Terra. Passe um dia em cheio com o CCV Lousal, visitando da parte da manhã o Centro Ciência Viva e Museu Mineiro e depois do almoço, deixe-se deslumbrar pela primeira galeria a ser explorada no Lousal. Venha folhear este livro de histórias, marcadas em xisto e minério, que forram a Galeria Waldemar e inspire-se.

Os morcegos da mina

Em Portugal existem cerca de 27 espécies de morcegos, o que representa 40% dos mamíferos presentes no nosso país, estando 9 delas ameaçadas. Tendo em conta que a maioria das espécies mais ameaçadas utilizam regularmente abrigos subterrâneos (sobretudo grutas e minas) é importante referir que a Galeria Mineira do Lousal se encontra atualmente com uma colónia de cerca de 1100 indivíduos pertencentes a 3 espécies: Morcego-rato-grande (Myotis myotis), Morcego-ferradura-mourisco (Rhinolophis mehelyi) e Morcego-de-ferradura-pequeno (Rhinolophus hipposideros), todas elas com estatuto de conservação, segundo o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF). Desde 1989 que já foram registadas 7 espécies de morcegos na Galeria Mineira do Lousal, este número é influenciado pelas duas épocas críticas na biologia dos morcegos – hibernação e maternidade. A sua alimentação baseada em insetos (insectívoros), o que os torna excelentes controladores de pragas, beneficiando o ser humano e a sua atividade.

LouMU - Ciência com Muões Cósmicos na Mina do Lousal

Vindos do espaço, os raios cósmicos chocam com os átomos da atmosfera da Terra e dão origem a chuvas do novas partículas, entre elas os muões. Semelhantes aos eletrões, mas com maior capacidade para atravessar a matéria, os muões que chegam ao interior da Galeria Mineira do Lousal podem dar-nos informação sobre o tipo de rocha que ali encontramos.

No interior da Galeria Mineira do Lousal está instalado um detetor de muões, desenvolvido pela Universidade de Évora, Instituto de Ciências da Terra (ICT) e Laboratório de Instrumentação e  Física Experimental de Partículas (LIP), que deteta os muões que atravessam as massas de rocha acima da Galeria Mineira, permitindo saber com precisão o ponto de passagem de cada muão. Estas informação é cruzada com resultados de outras técnicas geofísicas, permitindo conhecer melhor o interior da estrutura geológica.

Conheça mais sobre este projeto na visita ao interior da Galeria Mineira do Lousal.

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